Nos últimos dias, acompanhamos extarrecides uma sequência de atentados contra as vidas da população LGBTI+ em Recife-PE, Capital do estado de Pernambuco, mais especificamente, de pessoas transexuais e travestis. Na manhã desta segunda-feira (05), Crismilly Pérola (conhecida como Piu Piu), negra, 37 anos, foi encontrada sem vida no bairro da Caxangá, e em seu corpo vários indícios de uma extrema violência. Não muito distante, em 18 de junho, Kalyndra Selva, negra, 26 anos, foi encontrada desfalecida dentro de sua casa no bairro do Ipsep, tendo sido morta por asfixia, o qual seu assassino foi inocentado. Também em junho, mas na madrugada do dia 24, no Cais de Santa Rita, Roberta Nascimento, negra, 33 anos, teve 40% do seu corpo queimado enquanto dormia e, em consequência, encontra-se internada em estado grave no Hospital da Restauração, tendo sido submetida a cirurgias de amputação de seus dois braços, ao qual seu estado de saúde permanece grave de acordo com o último boletim médico divulgado, até a publicação desta nota.
Infelizmente, não estamos falando de situações isoladas. Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), nos quatro primeiros meses de 2021 chegaram à marca de 56 casos de assassinatos contra pessoas trans, sendo elas: 54 mulheres trans/travestis e 2 homens trans/transmasculinos. Além disso, também foram contabilizados 5 casos de suicídio, 17 tentativas de assassinatos e 18 violações de direitos humanos contra pessoas trans (ANTRA, 2021).
Estamos diante de uma política de extermínio, de menosprezo à humanidade dessa população. Os dados mostram quais corpos estão passíveis à precariedade da vida e das condições básicas para uma existência digna. A manutenção de um sistema transfóbico e racista, balizado pelas políticas de Estado, determina quais corpos devem ou não morrer, e, consequentemente, quais devem ou não ser vistos como humanos e tratados como tal. A reprodução, em variadas instituições, de um perverso discurso da “periculosidade” da população LGBTI+, acaba por subsidiar o não reconhecimento da integridade de tais vidas.
Diante disso, o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco – 2ª Região (CRP-02), através da Comissão Temática em Gênero e Sexualidade, vem por meio desta nota reafirmar o compromisso da Psicologia em favor da vida e contra qualquer ato de violência. Como aponta a Resolução CFP 01/2018:
Art. 3o - As psicólogas e os psicólogos, no exercício profissional, não serão coniventes e nem se omitirão perante a discriminação de pessoas transexuais e travestis.
Perante todo o exposto convocamos a categoria e toda a população a se engajar também nessa luta que é de todas as pessoas. Por mais respeito e inclusão de todes e de suas formas de Ser e amar. A Psicologia atua em favor do enfrentamento a qualquer forma de discriminação e de preconceito contra a LGBTFobia.
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