O Memórias CRP-PE de hoje relembra o Jornadas Clínicas: Direitos Reprodutivos em Solo Pernambucano. A ocasião marcou a segunda iniciativa Jornadas do ano de 2024, e reuniu nomes da Psicologia, entre estudantes e profissionais, pra discutirem, em roda de diálogo, esse importante tema.
Após a fala de abertura feita por Júlio César, que é acadêmico de Psicologia e colaborador da Comissão de Psicologia Clínica, Neggalu Rodrigues seguiu, iniciando a roda de diálogos e contando sua história enquanto resistente às nuances da maternidade. O momento foi oportuno para citar sua experiência enquanto mulher negra e mãe.
A estudante destacou que suas pautas mais presentes destacam raça, gênero e feminismo, e que a autarquia é um lugar que se vislumbra desde a faculdade a quem rende agradecimento pela oportunidade.
Neggalu disse, ainda que estudou aspectos dos Direitos reprodutivos para a ocasião, assim como os aspectos raciais dentro desse contexto, e o processo histórico do que foi negado às mulheres negras quanto aos direitos reprodutivos. Citou, também, a lei de acesso à laqueadura.
Finalizou dizendo que “do censo populacional de 2022, 54,5% são dados de mulheres negras que sofrem violência de acordo com o FolhaPe. Dados são conclusivos sobre a vulnerabilidade da mulher negra”.
Juliana Keila (CRP-02/21.989) seguiu com o debate, e relatou trabalhar com a temática de Direitos Reprodutivos desde o início de sua graduação, voltando seu trabalho à violência contra as mulheres. Atualmente também atua com questões que envolvem a saúde dos homens e das masculinidades negras.
A contracepção e o aborto foram os destaques da fala e abordagem de pesquisa de Juliana, que informou sobre o sofrimento das mulheres que durante os processos de violência, onde vivem inúmeros traumas, esses que a psicologia muito se debruça.
Durante a pandemia, ela atuou fortemente nas plataformas on-line no acolhimento e direcionamento das mulheres que sofriam violência em todo o Brasil. E a maior dificuldade, segundo Juliana, era direcionar as mulheres para os serviços específicos.
A Psicóloga apontou que apesar da precisão de uma Lei para o Aborto existir desde a década de 40, os primeiros serviços públicos especializados foram criados apenas em 1989.
“Os tabus que se voltam sobre o aborto no Brasil são muito grandes e são casos que chegam na clínica. É preciso refletir sobre como está sendo esse acolhimento”, destacou.
O debate foi extremamente participativo pelas pessoas presentes no momento, com emocionantes relatos compartilhados, o que engrandeceu ainda mais o aprofundamento da temática.
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