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CRP-PE marcou presença no Ato pela revogação da nova Resolução do CFM

Resolução n° 2.427/2025 do Conselho Federal de Medicina (CFM) marca retrocesso no “processo transexualizador” da juventude trans

No último dia 05 de maio, o Conselho Regional de psicologia de Pernambuco - 2ª Região (CRP-PE) esteve presente no Ato contra Resolução CFM N° 2.427 que produz barreiras para o “processo transexualizador” em crianças e adolescentes. Participaram da iniciativa as psicólogas, Maria Beatriz Alvares dos Santos (CRP-02/23.930), Noite Bergoleon de Medeiros Farias (CRP-02/22.903), Julia Pereira Bueno (CRP-02/28736), Daniel Coelho Silva Brandão (CRP-02/21.693) e Ariel Luana Ramalho de Lima (CRP-02/29.270). 

O encontro aconteceu em frente à Sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (CREMEPE). Inicialmente, houve o pedido para a revogação da resolução e falas de instituições trans, pessoas trans e cis aliades. Em seguida foi possível entregar a carta manifesto dentro do CREMEPE, assinada por diversas instituições, dentre as quais representantes da Comissão Temática de Gênero e Sexualidade do CRP-PE. Agora, as participantes permanecem aguardando um posicionamento resolutivo por parte do CREMEPE junto ao CFM.  

A coordenadora da Comissão Temática de Gênero e Sexualidade do CRP-PE, Beatriz Alvares, participou do Ato com uma fala de extrema importância: 

“Essa ação do CFM reforça a ideia da transexualidade enquanto transtorno mental e colabora para que pessoas trans e travestis continuem sendo alvo de exclusão social. 

A referida tentativa representa um grave retrocesso, considerando que essas medidas podem contribuir para riscos ainda maiores à saúde física e mental dessa população. Onde se encontra o diálogo da instituição em referência com a população trans e travesti? Onde se encontra o diálogo com outros conselhos profissionais e setores da saúde que lutam pelo atendimento ético e humanizado de pessoas LGBTQIA+? Onde se encontra o diálogo com os movimentos sociais e demais setores representativos da sociedade civil? O panorama observado promove a invisibilização das infâncias e das adolescências trans, que merecem ter acesso ao acolhimento das instituições de saúde e não a intervenções que reforcem o sentimento pessoal de inadequação social. O CRP-PE continuará atuando pela proteção da dignidade, da saúde, da autodeterminação e da autonomia das pessoas trans e travestis, alinhadas/os/es com o Código de Ética Profissional da Psicologia.” Seguimos na luta até conseguimos a revogação, destacou Beatriz. 

Na oportunidade reforçou o aguardo, quanto ao posicionamento por parte do CREMEPE, junto ao CFM.  

Um dia após o Ato, por meio de publicação em sua página oficial, o CREMEPE afirma que apresentará tanto o parecer técnico, quanto a carta manifesto em reunião com os presidentes dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), que ocorrerá nesta quarta-feira (07/05), na sede do CFM, em Brasília. 

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