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25 de julho - Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra

Em 25 de julho, se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, data criada durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana em 1992, com o objetivo de reconhecer e eternizar a luta e a resistência das mulheres negras contra a escravidão, marginalização, o racismo e opressão de gênero.

Além do racismo estrutural que todo país que possui em seu histórico a tradição escravocrata, as mulheres negras são as mais acometidas pelas mazelas raciais e consequentemente compõem a base da pirâmide social, com baixa qualidade de vida e salários inferiores em relação às mulheres brancas, homens negros e brancos, respectivamente. Além da questão econômica, outra questão forte é a hipersexualização do corpo da mulher negra, e seus desafios frente o preterimento nas relações afetivas. Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 também relatou dados preocupantes em relação às mulheres negras, a maioria delas, (52,52%) não viviam em uma união independente do estado civil.

No Brasil, através da lei 12.987, de 2 de junho de 2014, foi instituído o dia 25 de Julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza é um símbolo de liderança pela liberdade no período colonial. Após a morte de seu companheiro, liderou o Quilombo de Quariterê, comandando e enfrentando a corte Portuguesa por mais de 20 anos até ser capturada e morta.

Temos como referência outras grandes mulheres negras como símbolo deste 25 de julho, como Dandara dos Palmares, Maria Conceição Nazaré (Mãe Menininha de Gantois), Luiza Mahin, Lélia Gonzalez, Carolina Maria de Jesus. Por esses e outros motivos que o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco – 2ª Região (CRP-02) através da Comissão de Enfrentamento ao Racismo reverencia essa data tão importante em nosso calendário.