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Memórias do CRP-PE relembra Jornadas Clínicas - Direito a cidade em solo pernambucano

O Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco – 2ª Região (CRP-PE), através da Comissão de Psicologia Clínica, realizou a penúltima edição do ano da Jornadas Clínicas no dia 22 de novembro, dessa vez, o encontro teve como tema “Direito a cidade em solo pernambucano”.  

A mesa teve a mediação da psicóloga e vice-coordenadora da comissão de psicologia clínica do CRP-PE Marília Xavier da Veiga Faria CRP-02/27805, além disso, houve a presença das palestrantes, Itamar Sousa de Lima Júnior CRP-02/18.944, Fabiane dos Santos Cavalcante CRP-02/23323, Juni Maria Mota Cavalcanti CRP-02/24574 e Roberta Maria de Melo Barbosa CRP-02/20591.  

Na ocasião foram abordados importantes tópicos referentes ao modo como os cidadãos possuem acesso aos espaços do seu território, tendo em mente os múltiplos fatores que atravessam esse cenário, o que envolve perspectivas que dizem sobre a constituição sócio-histórica, econômica e política do estado e das cidades.  

Segundo a palestrante Fabiane, ela contou como as políticas públicas de acesso, a mobilidade e cultura privilegiam as regiões que são mais valorizadas em detrimento de regiões periféricas. Como consequência, estes locais ficam imersos na dificuldade de acessar os espaços de lazer e cultura, pois estão concentrados na localização metropolitana e próximo ao litoral, separados da periferia por uma arquitetura pensada em uma época de colonização e gentrificação do território.  

Em seguida, o psicólogo Itamar, faz uma análise histórica sobre a população majoritariamente escrava que povoou o território, dentro de uma cultura de extermínio e como, mesmo que de modo sutil, ainda se faz presente de maneira predominante nas dinâmicas de relações sociais, considerando, principalmente, a herança territorial das ocupações de resistência por parte dos escravos, tanto indígenas quanto africanos. Além disso, analisa como essa herança se faz de maneira estruturante nessas regiões até os dias atuais, de modo que a própria população que as constitui precisa desenvolver meios para lidar com tal repressão evidente nas faltas que são marcantes.  

Por fim, Juni e Roberta apresentaram o Coletivo Pontes da Psicanálise, que se trata de uma iniciativa social com a finalidade de tornar a praça do Derby em uma clínica pública, o local se transforma em um espaço de escuta e de estudo sob orientação psicanalítica e decolonial que busca ouvir aqueles que se interessam em ter um momento durante o seu dia para expressarem as suas questões diante de um profissional acessível e que leva em consideração a transversalidade das questões sociopolíticas e territoriais nas quais aquele sujeito está inserido.

O próximo Jornadas Clínicas será o último encontro do ano, nesse momento teremos a oportunidade de conversa sobre “Poesia em Solo Pernambucano” e dessa vez com um formato especial! as inscrições estão perto de começar e com vagas limitadas, participe!  

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